A INFLEXÍVEL, INQUESTIONÁVEL E INVENCÍVEL DITADURA DA ORDEM UNIVERSAL


O que é liberdade e o que é verdade? Se a verdade for algo absoluto, sólido, inquestionável, pode haver liberdade? Algo ou alguém que descobrisse a verdade se tornaria dono e soberano de todos. É o que os políticos, os religiosos, monetaristas e outros tipos de autoridades afirmam ter e milhares, que querem ser governados, a eles se subordinam, em função de receberem em troca uma falsa segurança psicológica. Cada um acredita no que quer. Não há o que discutir com os que querem ACREDITAR, em qualquer coisa, tanto faz. 

Não existe liberdade sem verdade? Embora a verdade seja lógica, consistente e coerente ela não é absoluta, mas relativa. Ou seja, não é um ponto isolado, mas um campo de relações e forças que entram em harmonia e sincronicidade espontaneamente. Isto é um fato que pode simples e facilmente ser conferido por uma observação atenta, seguindo a lógica. Sendo a verdade relativa o que é a liberdade?

Alguns acham que é fazer o que “dá na telha” inconsequentemente. Isto é uma relação com o externo. Alguns políticos e poderosos mundiais fazem isto e administram bem sua horda de escravos, de modo que não há consequências para seus atos, externamente.

Já outros ineptos dirão que haverá justiça pós morte. Ingenuidade de escravo. 

Quando falo de ditadura da ordem universal, os “EUs” imediatamente, como são eles próprios uma ditadura de supostas verdades absolutas, entendem que haja um centro universal de controle, comandado por uma personificação, à imagem e semelhança destes “EUs”.

Assim dito, a liberdade fica então fácil entender; é a libertação completa deste “EU”. O que acontece no universo, é vontade do organismo todo, onde todas as suas células, ou seres, de comum acordo conduzem a existência. Em que sentido? Nenhum.

Quais são as regras deste aparente jogo? Há uma ordem universal. E o pior, ou mais difícil de entender para quem opera ainda só com a lógica racional primária, é que ela é relativa também. Se é relativa, como pode ser uma ditadura, inflexível, inquestionável e invencível? 

A equação funciona de traz para a frente e determina que o resultado tem sempre que beneficiar, favorecer e manter a união do todo, ou melhor dizendo, o todo é indivisível. E isto que é incorruptível, inegociável, irrevogável, impossível de romper. Uma personificação, um conceito portanto, como é o “EU”, é uma divisão, uma separação do todo e portanto inverosímel, impossível de existir e como nasceu, tem que morrer. Se nasce e morre, ou seja, sua alma, “ânima”, animal, psique, ou “EU”, é falso, não tem essência, é um função finita. Significa que uma função, um conceito, algo imaginado, mas nunca a realidade, pode desobedecer a ordem universal, mas o preço é o apodrecimento, o parasitamento até virar fezes, esterco para adubar outras formas de vida inferiores, geneticamente falado. Isto é definitivo e irrevogável.

Por isto pra quem quiser, é possível desobedecer a ordem universal. Só uma inteligência suprema do universo pode conceber o paradoxo de uma ditadura com a mais ampla e irrestrita liberdade. Para poder fazer isto ele não tem centro. Quem manda é cada uma das suas células ou seres, que agem sempre espontaneamente. Esta é a ordem que existe dentro do caos. 

Quando o “EU” morre, ou encara a verdade de si mesmo, o todo se une com a parte e a sincronicidade no indivíduo (indivisível) volta a operar. A impossibilidade que é o próprio “EU” dá lugar ao poder real das infinitas possibilidades. 



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